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Trump completa 100 dias com foco em segurança, economia e recuperação da confiança

Os primeiros 100 dias do governo Trump foram marcados por ações voltadas à segurança nacional, estímulo à economia e tentativa de reconquistar a confiança da população americana. Reformas imigratórias, políticas comerciais e sinalizações firmes sobre segurança de fronteiras pautaram esse início de mandato.
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Governo Trump
Fonte: Shutterstock

Governo destaca queda na imigração irregular, otimismo econômico e reconfiguração da liderança americana no cenário global

WASHINGTON, DC (ABRIL 29, 2025) – Cem dias após reassumir a presidência, Donald Trump apresenta um panorama de mudanças rápidas e intencionais. A nova fase da Casa Branca combina firmeza migratória, incentivo econômico e uma clara tentativa de reposicionar os Estados Unidos como potência confiável e respeitada.

Entre os avanços mais celebrados está a queda de 42% nas entradas irregulares pela fronteira sul, segundo dados oficiais comparativos com o fim do governo anterior. A Casa Branca atribui esse resultado à reversão de políticas consideradas permissivas e ao fortalecimento da atuação conjunta entre USCIS, ICE e CBP. A exigência de registro obrigatório para estrangeiros também elevou o nível de controle e transparência no sistema imigratório.

Além disso, o governo anunciou a criação de 450 mil empregos no setor privado neste primeiro trimestre, com destaque para construção civil, indústria de defesa e energia. O índice de confiança do consumidor, segundo levantamento do Conference Board, alcançou o maior patamar desde 2021. “Estamos construindo um novo momento de prosperidade, com base na lei, no trabalho e no amor à pátria”, afirmou Trump em evento na Carolina do Norte.

Na política externa, houve uma reconfiguração das relações internacionais. A continuidade do apoio dos Estados Unidos a Israel, parceiro de longa data, foi reforçada, ao mesmo tempo em que o Departamento de Estado sinalizou a retomada de acordos bilaterais com países considerados estratégicos. A postura mais crítica frente a regimes autoritários foi apresentada como uma forma de defesa da ordem liberal internacional. “Não é sobre provocar conflitos, é sobre recuperar o respeito”, comentou um assessor da diplomacia americana.

Para o professor Vinicius Bicalho, especialista em Direito Imigratório, os primeiros 100 dias deixam claro que o governo está comprometido com um modelo mais rigoroso, mas transparente. “Trata-se de um reposicionamento institucional. O USCIS, por exemplo, volta a atuar como engrenagem de segurança nacional, e não apenas como emissor de benefícios migratórios. Isso impacta diretamente a forma como advogados e imigrantes devem planejar suas ações.”

Outra mudança elogiada foi a retirada de exigências relacionadas à pandemia, como a vacinação obrigatória contra a Covid-19 para solicitantes de green card. A decisão foi vista como um retorno ao “controle individual sobre decisões de saúde”, especialmente entre comunidades religiosas e conservadoras.

O presidente encerra seus primeiros 100 dias com índices de aprovação entre 48% e 52%, segundo diferentes institutos. O tom é de reconstrução da autoridade, da economia e da esperança. Como definiu Bicalho: “Esse início de governo reforça que legalidade, segurança e soberania voltaram ao centro do debate nacional. É preciso apostar neste início de governo.”

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