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Os riscos de forjar um casamento para obter visto para os EUA

Tempo de leitura: 2 minutos

Àqueles que pretendem forjar um casamento para viver nos EUA, um alerta: a USCIS desempenha papel fundamental na condenação por fraude matrimonial em Miami

Morar legalmente nos EUA e viver o “sonho americano” é desejo de cidadãos de diversas nacionalidades. Entretanto, nem todos optam por um caminho legal e seguro: há inúmeros casos de pessoas que, para obter o green card, optam por forjar um casamento para viver nos EUA como cidadãos norte-americanos, pagando enormes quantias em dinheiro.

A fraude matrimonial pode sair mais cara do que se imagina. Foi o caso de um cidadão jamaicano, Michael Roy Fraser. Os funcionários dos Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) detectaram um esquema de casamento fraudulento de vários anos que resultou na investigação e condenação de Michael em 25 de abril de 2018.


Fraser foi condenado em um julgamento por obtenção de cidadania e/ou naturalização ilegal. No julgamento inicial, em 2007, ficou comprovado que Fraser pagou entre US$ 8.000 e US$ 10.000 para contrair casamento de forma fraudulenta e obter residência ilegal nos EUA, qualificando-se ainda para cidadania americana.

Com base no casamento fraudulento, Fraser adquiriu residência e, em 2013, tornou-se cidadão dos EUA. Cerca de dois meses depois de obter um passaporte dos EUA, Fraser pediu o divórcio contra seu cônjuge cidadão dos EUA e logo depois se casou com a mãe de seu filho, também  de cidadania jamaicana. Logo após o acusado preencheu a documentação de imigração para que sua atual cônjuge obtivesse residência permanente legal nos EUA.

Durante uma análise do pedido de residência permanente da cônjuge atual de Fraser, um oficial do USCIS detectou várias discrepâncias que levaram à descoberta da fraude. Especificamente, o oficial notou que a nova cônjuge de Fraser alegou ter vivido com ele durante um período em que Fraser alegou estar casado com seu ex-cônjuge cidadã dos EUA. Além disso, o oficial descobriu que Fraser e sua cônjuge jamaicana tiveram um filho juntos, que nasceu um ano antes do casamento fraudulento de Fraser, e que Fraser não informou tal fato durante o procedimento imigratório nos EUA.

“Uma condenação desse tipo envia uma mensagem poderosa para qualquer um que tente tirar proveito de nosso sistema de imigração, de nossas comunidades e da segurança de nosso país”, disse um diretor de imigração dos EUA. “A fraude de imigração é um crime contra todos nós, e o USCIS continuará a garantir a integridade do nosso sistema de imigração e manter a América segura de tais criminosos”, reiterou ele.

A divulgação da sentença está marcada para 10 de julho de 2018, às 14h, em Miami.

Existem meios legais de viver nos EUA, não busque por atalhos. Normalmente esses casos não têm bom desfecho.

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