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Agronegócio americano em crescimento depende de mão de obra imigrante especializada

O crescimento do agronegócio nos EUA depende da contribuição de imigrantes especializados, que impulsionam a inovação, aumentam a produtividade e garantem a competitividade do setor agrícola no mercado global.
Tempo de leitura: 2 minutos
mão de obra imigrante no agronegócio americano

De Califórnia à Flórida, imigrantes respondem por até 79% da força de trabalho nas colheitas

Washington, D.C., 14 de novembro de 2024 – Desde 2022, no cenário pós-pandemia, a agricultura dos Estados Unidos tem mostrado uma dependência crescente da mão de obra imigrante para atender à demanda do mercado e sustentar a produção de alimentos. Mais da metade dos trabalhadores agrícolas contratados no país, cerca de 450 mil, são imigrantes. Em estados conhecidos por sua alta produção de alimentos frescos, como Califórnia, Washington e Oregon, esses trabalhadores estrangeiros compõem uma parte vital da força de trabalho agrícola — especialmente nos papéis mais diversos e essenciais da colheita manual no campo.

Na Califórnia, por exemplo, 79,3% dos trabalhadores agrícolas são imigrantes, seguidos por Washington com 77,7% e Oregon com 73,5%. Flórida e Arizona também têm percentuais elevados, com 70,9% e 69,8%, respectivamente, mostrando como os imigrantes são essenciais para a sustentabilidade da produção agrícola americana. “Os Estados Unidos dependem fortemente da mão de obra imigrante para garantir a produção agrícola em larga escala”, destaca Vinicius Bicalho, professor de Direito Imigratório e CEO da Bicalho Legal Consulting P.A. “Em estados como Califórnia e Flórida, os trabalhadores estrangeiros chegam a compor até 79% da força agrícola, especialmente na colheita e manejo direto das plantações.”

A escassez de trabalhadores locais tem levado o USCIS a aumentar a concessão de vistos para profissionais qualificados, especialmente os formados em ciência, tecnologia, engenharia e matemática, essenciais em atividades que exigem domínio de tecnologias avançadas, como drones, inteligência artificial e análise de dados. Programas como os vistos H-2A, EB-3 e EB-2 têm sido fundamentais para atrair trabalhadores estrangeiros e estabilizar a produção agrícola. O número de imigrantes no setor cresceu 14% nos últimos três anos, sinalizando a atratividade das fazendas americanas para quem busca uma oportunidade de trabalho no país.

“A necessidade de trabalhadores com conhecimento técnico em novas tecnologias agrícolas está crescendo rapidamente, e boa parte desse talento vem de fora”, observa Bicalho. Com uma economia agrícola que movimenta cerca de 1 trilhão de dólares por ano, ele afirma: “A presença de trabalhadores imigrantes é indispensável para o crescimento sustentável da agricultura americana, não apenas em produtividade, mas também em inovação e sustentabilidade”, reforçando o papel dos imigrantes no futuro do setor.

AGRONEGÓCIO DOS EUA UMA POTÊNCIA DE 1 TRILHÃO

O agronegócio nos Estados Unidos é um dos maiores do mundo, com um valor estimado superior a 1 trilhão de dólares anuais. Esse setor é fundamental não só para a economia americana, mas também para o comércio global, especialmente na exportação de grãos, frutas e produtos lácteos. “O uso de tecnologias avançadas tem impulsionado a produtividade e diminuído custos, tornando os Estados Unidos ainda mais competitivos no mercado global”, destaca Vinicius Bicalho, CEO da Bicalho Legal Consulting P.A.

Tecnologias como biotecnologia e inteligência artificial têm transformado a agricultura americana. “O investimento em sementes geneticamente modificadas e no uso de big data tem aumentado a eficiência e a sustentabilidade da produção agrícola”, afirma Bicalho. Além disso, a agricultura de precisão, com o uso de drones e sensores, tem permitido otimizar o uso de insumos e aumentar os rendimentos das lavouras. “O mercado de máquinas agrícolas autônomas deve crescer significativamente, impulsionando a inovação no setor”, conclui.

Fonte: Immigration Report, DHS, Fernando Hessel e Bicalho Legal Consulting P.A.

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