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Dispositivos de estrangeiros são os mais inspecionados nas fronteiras dos EUA

Os dispositivos eletrônicos de estrangeiros estão entre os mais inspecionados nas fronteiras dos EUA, gerando preocupações sobre privacidade e direitos individuais. Autoridades podem examinar celulares, laptops e outros aparelhos sem mandado, alegando razões de segurança.
Tempo de leitura: 2 minutos
inspeção de dispositivos de estrangeiros nos EUA
Fonte: Shutterstock

Dados mostram aumento nas revistas digitais e maior risco para viajantes não americanos

Washington, D.C., 31 de março de 2025 Os viajantes internacionais que entram ou saem dos Estados Unidos estão cada vez mais sujeitos à inspeção de seus dispositivos eletrônicos por parte da U.S. Customs and Border Protection (CBP). No ano fiscal de 2024, foram registradas 47.047 buscas em aparelhos eletrônicos em portos de entrada do país. Desse total, 36.506 envolveram não cidadãos dos EUA, enquanto apenas 10.541 envolveram cidadãos americanos. Isso mostra que pessoas sem cidadania norte-americana têm mais de três vezes mais chances de passar por esse tipo de fiscalização.

“Embora legalmente autorizada, essa prática levanta questionamentos sobre privacidade, direitos individuais e tratamento igualitário na fronteira”, afirma o professor de Direito Imigratório e CEO da Bicalho Legal Consulting P.A., Vinicius Bicalho. “O viajante estrangeiro precisa estar informado sobre seus direitos e preparado para lidar com essas abordagens, que muitas vezes ocorrem sem aviso prévio.”

Ainda que representem apenas 0,011% do total de 421 milhões de viajantes processados no último ano, as buscas em dispositivos eletrônicos vêm crescendo de forma constante ao longo da última década. Desde 2015, o número de inspeções quintuplicou. Após uma breve queda em 2020 e 2021 devido à pandemia, os dados mais recentes mostram que o controle digital foi retomado com força e as inspeções mais que dobraram em relação ao período pré-COVID.

Dados preliminares do primeiro trimestre do ano fiscal de 2025, entre outubro e dezembro de 2024, indicam 12.092 buscas eletrônicas já realizadas antes mesmo da posse do presidente Donald Trump. Ainda é cedo para avaliar o impacto direto da nova administração, mas casos recentes envolvendo turistas e profissionais com visto de trabalho já levantam preocupações sobre um possível aumento na fiscalização. A CBP pode revisar conteúdos armazenados localmente e, em determinadas situações, reter os dispositivos para análises mais detalhadas. Isso inclui acesso a fotos, mensagens, documentos e até aplicativos conectados à nuvem.

Para Vinicius Bicalho, a melhor forma de se proteger é estar preparado. “Nossa missão é orientar famílias, profissionais e estudantes para que seus direitos não sejam violados em momentos de vulnerabilidade, como a chegada em solo americano. A proteção jurídica preventiva é essencial.”

Sediada justamente em Orlando, FL, a Bicalho Legal Consulting P.A. tem desempenhado um papel estratégico nesse cenário de atenção redobrada nas fronteiras. Com forte atuação no Direito Imigratório, a firma liderada por Vinicius Bicalho se consolidou como uma das mais exclusivas e preferidas pelos brasileiros que buscam orientação jurídica para viver, investir ou empreender nos Estados Unidos. O posicionamento local e a expertise internacional têm sido diferenciais na construção de pontes entre o sonho americano e a realidade de milhares de famílias.

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