Mesmo com medidas duras, a economia americana continua abrindo portas para talentos globais
WASHINGTON, DC (MAIO 20, 2025) Donald Trump está de volta ao poder e, como esperado, retomou o discurso duro contra a imigração. Mas uma verdade inegável continua de pé: os Estados Unidos não sobrevivem sem a força de trabalho estrangeira. E para quem tem qualificação, preparo e respaldo jurídico, o cenário segue com muitas oportunidades concretas.
“Os EUA não vivem sem imigrantes. Isso é um dado de realidade, não opinião”, afirma Vinicius Bicalho, advogado licenciado nos EUA, Brasil e Portugal, e CEO da Bicalho Legal Consulting P.A.. Segundo ele, setores estratégicos da economia americana seguem em déficit de mão de obra, e a demanda por profissionais qualificados só aumenta.
Dados da U.S. Bureau of Labor Statistics revelam que a indústria de tecnologia sozinha precisará de cerca de 377 mil novos profissionais por ano até 2033. Já o setor da saúde projeta quase 200 mil vagas anuais para enfermeiros nos próximos anos, impulsionado pelo envelhecimento da população.
Para Bicalho, o momento exige estratégia. “Há um ruído político forte, mas o sistema legal de imigração continua operando. O imigrante qualificado, com bom planejamento e orientação jurídica, tem espaço garantido nesse novo ciclo”, pontua.
O programa STEM OPT Extension, por exemplo, continua permitindo que estudantes estrangeiros das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática permaneçam no país por até três anos após a graduação. E o visto EB-2 NIW segue como alternativa sólida para profissionais com alto nível de formação que atuam em áreas de interesse nacional.
“Nosso papel é orientar o cliente para olhar o cenário completo e não apenas o copo pela metade. Medidas mais rigorosas não significam ausência de oportunidade. O que muda é a necessidade de preparo”, conclui Vinicius Bicalho.
E os números comprovam. De acordo com a New American Economy, imigrantes representam mais de 17% da força de trabalho dos EUA, somam mais de US$ 2 trilhões em poder de consumo anual e fundaram cerca de 45% das empresas da Fortune 500. Em outras palavras, o imigrante não é exceção, é regra no sucesso econômico americano.