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4,7 milhões de empresas nos EUA e a função das embaixadas 

Os Estados Unidos contam atualmente com 4,7 milhões de empresas ativas, um cenário que reforça a importância da atuação das embaixadas. Esses órgãos não apenas oferecem suporte a empreendedores e investidores estrangeiros, mas também facilitam processos comerciais e imigratórios.
Tempo de leitura: 2 minutos
empresas nos EUA e embaixadas
Fonte: Shutterstock

Como escolher a melhor estratégia para levar sua empresa ao mercado internacional

WASHINGTON, DC (AGOSTO 22, 2025) – Nos Estados Unidos, aproximadamente 4,7 milhões de pequenas empresas são abertas por ano, segundo dados da U.S. Small Business Administration (SBA), agência federal responsável por apoiar e monitorar o setor de pequenas empresas no país. O número é um indicador forte de inovação e competitividade. Para empresários estrangeiros que desejam se inserir nesse mercado, entender os canais de apoio disponíveis é decisivo para não se perder em burocracia ou expectativas equivocadas.

As embaixadas desempenham papel institucional e diplomático. Representam governos, fortalecem relações bilaterais e compartilham informações estratégicas sobre acordos comerciais e políticas econômicas. Além disso, podem abrir portas para contatos de alto nível que dificilmente estariam acessíveis ao setor privado por conta própria. O ex-embaixador dos Estados Unidos no Catar, Joseph LeBaron, explicou essa função ao afirmar: “Os embaixadores são responsáveis por administrar e, quando possível, aprofundar a relação entre dois países em todas as áreas, sejam elas comerciais, militares, educacionais, políticas ou culturais. Compreender as condições de negócios, identificar parceiros locais e definir como estruturar a presença no país são passos importantes e muitas vezes difíceis para qualquer empresa estrangeira.” Essa perspectiva mostra que, embora não executem estratégias de internacionalização, as embaixadas oferecem um contexto valioso e um respaldo institucional de peso.

As câmaras de comércio atuam de forma mais prática e próxima da realidade empresarial. São organizações criadas para aproximar empresas e mercados, promovendo rodadas de negócios, feiras, eventos de networking e parcerias entre empresários locais e estrangeiros. Ao contrário das embaixadas, que têm caráter diplomático, as câmaras funcionam como uma ponte direta para oportunidades comerciais, facilitando contatos com fornecedores, distribuidores e clientes potenciais. Embora não tenham a mesma força institucional, são um espaço essencial para quem deseja se inserir no mercado de forma mais imediata e voltada para resultados concretos.

Por fim, as empresas de internacionalização são responsáveis pela execução operacional. Elas cuidam da abertura legal da empresa no país de destino, do registro de marca, da obtenção de licenças, do cumprimento das normas fiscais e regulatórias e até da abertura de contas bancárias. Esse trabalho transforma estratégia em realidade prática, garantindo que o negócio esteja apto a funcionar de acordo com as exigências locais. É nesse ponto que muitos empresários enfrentam suas maiores dificuldades e onde a expertise de uma consultoria especializada se torna decisiva.

“O empresário precisa compreender que as embaixadas dão suporte estratégico, as câmaras conectam os atores, mas quem efetivamente instala a operação são as empresas especializadas em internacionalização”, explica Vinicius Bicalho, advogado licenciado nos Estados Unidos, Brasil e Portugal e CEO da Bicalho Legal Consulting P.A..

Diante de um mercado em que milhões de novas empresas surgem todos os anos, combinar os três pilares pode ser a chave para uma expansão sólida. Informação institucional das embaixadas, conexões práticas das câmaras de comércio e execução técnica das empresas de internacionalização formam um tripé seguro para o empresário que deseja expandir de forma planejada e juridicamente estruturada.

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