WASHINGTON, DC – A economia dos Estados Unidos apresentou um crescimento sólido de 3% no último trimestre, de acordo com uma atualização divulgada pelo governo na quinta-feira. Esse crescimento foi alimentado por um aumento nos gastos dos consumidores e um robusto investimento empresarial, sinalizando uma recuperação acelerada em comparação com o início do ano.
Inicialmente, o Departamento do Comércio havia estimado que o Produto Interno Bruto (PIB) – a medida total da produção de bens e serviços – tinha expandido a uma taxa de 2,8% entre abril e junho. A revisão para 3% reflete uma aceleração significativa em relação ao crescimento moderado de 1,4% registrado nos primeiros três meses de 2024.
Os gastos dos consumidores, que são responsáveis por cerca de 70% da atividade econômica nos EUA, aumentaram a uma taxa anual de 2,9% no último trimestre, superando a estimativa inicial de 2,3%. Esse aumento reflete a confiança dos consumidores, que parece ter se fortalecido à medida que a inflação desacelerou desde os picos de quatro décadas registrados em meados de 2022.
Além disso, o investimento empresarial cresceu a uma taxa de 7,5%, impulsionado principalmente por um aumento de 10,8% no investimento em equipamentos. Esse dado reforça a percepção de que as empresas estão investindo mais em infraestrutura e tecnologia, buscando se preparar para uma demanda futura crescente.
O relatório destaca uma economia resiliente, mesmo em meio ao cenário de altas taxas de juros, uma política adotada pelo Federal Reserve para conter a inflação. Com as eleições presidenciais se aproximando em novembro, o estado da economia está sob escrutínio intenso, especialmente por parte dos eleitores que ainda enfrentam desafios com os altos preços, apesar da recente queda na inflação.
Entretanto, indicadores recentes, como as medições do estado de espírito dos consumidores realizadas pelo Conference Board e pela Universidade de Michigan, apontam para um aumento na confiança na economia, sugerindo um otimismo renovado entre os americanos.
“As revisões do PIB mostram que a economia dos EUA estava em boa forma em meados de 2024”, comentou Bill Adams, economista-chefe do Comerica Bank. “O crescimento sólido dos gastos do consumidor impulsionou a economia no segundo trimestre, e o aumento da confiança do consumidor em julho sugere que impulsionará o crescimento também no segundo semestre do ano.”
Pablo Troncoso, advogado da Bicalho Legal Consulting e especialista em finanças, ressaltou a capacidade de recuperação da economia americana, destacando sua resiliência em tempos de adversidade. “A economia dos EUA tem uma habilidade notável de se ajustar e se recuperar, mesmo em meio a desafios como as taxas de juros elevadas e a inflação persistente. Este crescimento de 3% é um reflexo da robustez do mercado consumidor e da confiança contínua no ambiente de negócios,” afirmou Troncoso.
Com a economia apresentando sinais positivos, a expectativa gira agora em torno dos próximos movimentos do Federal Reserve e do impacto que as decisões sobre taxas de juros terão na continuidade dessa recuperação econômica.
Fonte: Immigration Report, Fernando Hessel e Bicalho Legal Consulting P.A.
