Caso reforça alerta sobre crimes de falsificação e seus impactos para a comunidade imigrante nos EUA
WASHINGTON, DC (MAIO 13, 2025) — O brasileiro Liene Tavares DeBarros Jr., de 40 anos, residente em Woburn, Massachusetts, declarou-se culpado na última quarta-feira (8) por vender cartões falsificados da Previdência Social e Green Cards a policiais disfarçados. O caso foi julgado em um tribunal federal de Boston e chama atenção para o rigor das autoridades americanas diante de fraudes que envolvem documentos de imigração.
Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, DeBarros já havia sido deportado em julho de 2010, mas reentrou ilegalmente no país em data não especificada. Após denúncias recebidas pela polícia em 2024, agentes infiltrados realizaram duas compras simuladas com o réu: uma em outubro, no valor de US$ 250, e outra em dezembro, por US$ 500. No total, ele vendeu três cartões da Previdência Social e três Green Cards falsos.
A promotoria destaca que o brasileiro pode enfrentar até 15 anos de prisão por falsificação de documentos, além de dois anos adicionais pela reentrada ilegal, totalizando uma possível pena combinada de 17 anos. Após o cumprimento da pena, ele deverá ser deportado novamente. A sentença está prevista para 26 de junho de 2025.
“Crimes como esse afetam diretamente a credibilidade dos sistemas de imigração e segurança social nos Estados Unidos. O caso de Tavares DeBarros mostra como a falsificação não apenas coloca em risco a segurança pública, mas também compromete imigrantes honestos que buscam legalizar sua situação”, afirma Vinicius Bicalho, advogado licenciado nos EUA, Brasil e Portugal, e CEO da Bicalho Legal Consulting P.A.
Para Bicalho, o caso serve de alerta a brasileiros e outros imigrantes. “Participar de qualquer atividade fraudulenta envolvendo documentos migratórios ou de identificação federal pode destruir completamente qualquer possibilidade futura de regularização. É essencial buscar orientação jurídica adequada e não cair em atalhos criminosos.”
A operação que levou à prisão de DeBarros foi coordenada pela Força-Tarefa de Fraude de Documentos e Benefícios da Segurança Interna (HSI), com apoio de diversas agências, incluindo a Previdência Social, o Departamento do Trabalho e o ICE.
A Bicalho Legal Consulting P.A. segue acompanhando casos como este com atenção, reforçando a importância de que imigrantes se informem e ajam dentro da legalidade, especialmente diante do aumento das fiscalizações e da tolerância zero das autoridades em ano eleitoral.