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Amazon investe US$ 20 bilhões na Pensilvânia e reforça liderança americana em Inteligência Artificial

A Amazon deu mais um passo estratégico na corrida tecnológica global ao investir US$ 20 bilhões na Pensilvânia. A iniciativa abre oportunidades para profissionais qualificados, inclusive imigrantes legais que atuam na área de tecnologia.
Tempo de leitura: 2 minutos
Amazon Inteligência Artificial
Fonte: Shutterstock

Parceria com governo Trump e foco em infraestrutura energética impulsionam maior investimento corporativo da história do estado

WASHINGTON, DC (JUNHO 9, 2025) – A Amazon anunciou um investimento de US$ 20 bilhões em centros de dados voltados à inteligência artificial nos municípios de Salem Township e Falls Township, na Pensilvânia. Trata-se do maior aporte corporativo já realizado no estado, com impacto direto na geração de empregos, capacitação profissional e fortalecimento da infraestrutura tecnológica dos Estados Unidos.

A operação é parte da estratégia nacional de ampliação da presença da Amazon em regiões fora dos grandes centros urbanos. Segundo Shannon Kellogg, vice-presidente de Políticas Públicas da empresa, o projeto conta com o apoio da administração Trump, que tem acelerado permissões e ampliado o fornecimento energético para sustentar o crescimento da inteligência artificial. “Essa é uma corrida global, e os Estados Unidos estão mostrando que sabem competir com estrutura e velocidade”, declarou Kellogg.

O anúncio ocorre em meio a um cenário em que empresas como Microsoft, Alphabet, Nvidia e OpenAI também disputam espaço no mercado de IA, cada vez mais dependente de centros de dados robustos e energeticamente eficientes. Com previsão de que o consumo de energia por data centers triplique até 2028, a Amazon mira regiões com grande potencial de expansão, como a Pensilvânia.

Além da estrutura física, a empresa anunciou um fundo de US$ 250 mil para apoiar organizações comunitárias locais, e firmou parceria com instituições técnicas e faculdades comunitárias para treinamento de mão de obra. “Estamos falando de qualificação, de futuro e de oportunidade. E isso é muito relevante para imigrantes preparados”, reforçou Kellogg.

Para o professor de direito imigratório e CEO da Bicalho Legal Consulting P.A., os reflexos desse anúncio devem ser acompanhados com atenção por brasileiros. “Esses centros de tecnologia precisam de especialistas, e isso abre uma avenida para vistos de trabalho legal e seguro. Brasileiros que dominam áreas como TI, infraestrutura, engenharia de dados e segurança digital têm agora um novo mapa de oportunidades”, afirma Vinicius Bicalho.

Segundo o especialista, essa descentralização dos polos tecnológicos é benéfica para quem busca qualidade de vida e estabilidade. “Não é mais só o Vale do Silício. Estados como a Pensilvânia, a Carolina do Norte e até o Texas estão virando hubs tecnológicos com custo de vida mais acessível. Isso é ouro para famílias imigrantes que querem crescer com planejamento”, destaca.

A Amazon também reforçou seu compromisso ambiental e afirmou que pretende se tornar “water positive” até 2030, com investimentos em sistemas de água potável e esgoto nas regiões onde atua. “Trata-se de uma visão completa de futuro. Sustentabilidade, desenvolvimento regional e inclusão econômica caminham juntos”, completa Kellogg.

Para Vinicius Bicalho, o Brasil deveria observar com atenção esse tipo de movimento. “Enquanto aqui se facilita o crescimento estratégico por meio de incentivos, lá seguimos emperrados em burocracias. O contraste salta aos olhos. Muitos brasileiros com altíssimo nível técnico continuam enfrentando insegurança jurídica no Brasil, mas encontram amparo e oportunidade nos Estados Unidos.”

O recado é claro: o mercado americano está se reconfigurando, mas segue aberto para quem tem preparo, qualificação e estratégia. E nesse contexto, a inteligência artificial deixou de ser uma promessa de futuro para se tornar uma plataforma concreta de imigração legal.

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