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Reconhecimento facial revoluciona controle migratório nos EUA

O uso do reconhecimento facial tem avançado rapidamente nos sistemas de controle migratório dos Estados Unidos. A tecnologia promete maior segurança, agilidade e precisão na identificação de viajantes.
Tempo de leitura: 2 minutos
reconhecimento facial no controle migratório
Fonte: Shutterstock

Tecnologia de ponta agiliza embarques, identifica fraudes e reforça a segurança sem comprometer a experiência do viajante.

WASHINGTON, DC (AGOSTO 4, 2025) – O governo dos Estados Unidos está promovendo uma verdadeira revolução tecnológica na forma como controla entradas e saídas do país. Com o avanço dos sistemas de reconhecimento facial, o processo de identificação de passageiros internacionais ficou mais ágil, seguro e integrado, beneficiando tanto a fiscalização quanto os viajantes.

A partir de parcerias com companhias aéreas como Delta, JetBlue e American Airlines, o U.S. Customs and Border Protection (CBP) passou a utilizar câmeras inteligentes nos portões de embarque de voos internacionais para comparar, em tempo real, o rosto dos passageiros com as imagens previamente coletadas em passaportes, vistos ou outros documentos governamentais.

“O reconhecimento facial hoje é intuitivo, preciso e muito mais rápido do que outros métodos. Ele verifica a identidade do passageiro sem exigir contato físico ou procedimentos demorados”, explica Vinicius Bicalho, professor de direito imigratório e CEO da Bicalho Legal Consulting P.A.

Um exemplo marcante ocorreu no aeroporto de Atlanta, quando uma jovem mexicana, ao tentar embarcar para a Cidade do México, foi sinalizada pelo sistema por não ter histórico de fotos nos registros oficiais. Questionada pelos agentes, ela admitiu ter entrado ilegalmente nos EUA anos antes. Seus dados foram então cadastrados por meio de um dispositivo móvel com reconhecimento facial, e o embarque foi autorizado com o registro de sua saída.

Em outro episódio, no aeroporto de Chicago, um casal de poloneses tentou burlar o sistema usando novas identidades para sair do país. O reconhecimento facial revelou que ambos já haviam sido deportados anteriormente sob nomes diferentes. A tecnologia impediu a evasão e assegurou o cumprimento da lei, sem atrasos ou confusões no embarque.

“O mais importante é entender que o reconhecimento facial protege quem está em conformidade com a lei e evita que pessoas mal-intencionadas escapem das autoridades”, afirma Bicalho. “Ele representa um avanço jurídico e logístico que respeita os direitos dos passageiros e fortalece a segurança nacional.”

Além do embarque, os voos partindo do Brasil também já estão usando essa tecnologia na chegada aos principais aeroportos dos Estados Unidos, principalmente em Miami. Passageiros de voos da LATAM, por exemplo, passam por triagens automatizadas no CBP, que compara em segundos as imagens com os registros oficiais. Essa inovação reduz filas e otimiza a experiência do passageiro logo na chegada.

Segundo o CBP, mais de 24 aeroportos nos EUA já utilizam o sistema, que deve se tornar padrão nos próximos anos. A tecnologia também está sendo usada para rastrear passageiros na entrada do país, substituindo formulários manuais e reduzindo o tempo de espera em filas.

A recomendação para brasileiros que viajam com frequência aos Estados Unidos é clara: mantenham seus documentos atualizados e evitem qualquer tentativa de fraude. O sistema de reconhecimento facial cruza dados em segundos e qualquer inconsistência pode resultar em detenção, deportação ou bloqueios futuros.

“O reconhecimento facial é hoje uma ferramenta de proteção para o bom imigrante. Ele torna a fiscalização mais justa, rápida e eficiente”, conclui Bicalho.

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