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Instabilidade política no Brasil torna os EUA destino estratégico para proteção de capital

A instabilidade política no Brasil tem levado muitos investidores a buscarem alternativas mais seguras para proteger seu patrimônio. Os Estados Unidos surgem como uma das opções mais estratégicas, graças à segurança jurídica e à solidez econômica.
Tempo de leitura: 2 minutos
proteção de capital nos EUA
Fonte: Shutterstock

Fuga de milionários, retração de investimentos e insegurança jurídica impulsionam empresários a estruturar seus ativos fora do país

WASHINGTON, DC (JULHO 30, 2025) – Em um cenário de fragilidade institucional, alta inadimplência e fuga de capitais, cresce entre os empresários brasileiros o movimento de buscar nos Estados Unidos uma alternativa concreta de estabilidade, previsibilidade e proteção de patrimônio. Com o dólar forte, ambiente regulatório mais enxuto e segurança jurídica consolidada, os EUA se destacam como destino estratégico para quem deseja preservar seus ativos e a continuidade dos negócios.

Em 2025, o Brasil deve registrar a saída de 1.200 milionários, segundo dados da Henley & Partners, consolidando um êxodo que reflete o esgotamento da confiança interna. Paralelamente, o país viu escapar US$ 45 bilhões em investimentos estrangeiros diretos em 2024, de acordo com o Banco Central. A retração também chegou à Bolsa de Valores, que acumulou retirada líquida de R$ 24,2 bilhões no ano passado e mais R$ 3,5 bilhões somente em julho de 2025.

Para o advogado licenciado nos Estados Unidos, Brasil e Portugal e CEO da Bicalho Legal Consulting P.A., Vinicius Bicalho, a tendência é clara. “O Brasil atravessa um ciclo de instabilidade política e econômica que impacta diretamente a confiança empresarial. Nesse contexto, os Estados Unidos têm oferecido uma combinação valiosa: moeda forte, ambiente de negócios racional e segurança jurídica”, afirma.

Além da conjuntura econômica, os números do mercado interno apontam deterioração. O primeiro trimestre de 2025 registrou 7,2 milhões de empresas inadimplentes, segundo a Serasa Experian. O enfraquecimento do setor produtivo, somado ao aumento do risco institucional e às tensões diplomáticas com os EUA, vem acelerando decisões de proteção patrimonial no exterior.

“O que antes era um movimento isolado agora é pauta recorrente nos nossos atendimentos. Muitos empresários que antes hesitavam, hoje nos procuram para estruturar seus ativos nos EUA, seja por meio de vistos de investidor, constituição de empresas ou planejamento fiscal internacional”, reforça o professor de direito imigratório e CEO da Bicalho Legal Consulting P.A.

Com um sistema mais eficiente, prazos mais curtos e segurança jurídica previsível, os Estados Unidos se consolidam como rota de resiliência patrimonial para quem já não enxerga solidez no horizonte brasileiro. “Não se trata de fuga, mas de precaução. E precaução bem planejada é sinal de maturidade empresarial”, conclui Bicalho.

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