Avanço da inteligência artificial intensifica demanda por profissionais estrangeiros nas áreas de tecnologia, engenharia e ciência de dados
WASHINGTON, DC (AGOSTO 30, 2025) O crescimento exponencial da inteligência artificial nos Estados Unidos está abrindo caminho para uma nova era de oportunidades para imigrantes altamente qualificados. De acordo com estimativas recentes da U.S. Bureau of Labor Statistics, o país precisará de mais de 400 mil profissionais por ano até 2033 apenas para atender à demanda crescente por cientistas de dados, engenheiros de machine learning e especialistas em segurança cibernética.
Para Vinicius Bicalho, advogado licenciado nos Estados Unidos, Brasil e Portugal e CEO da Bicalho Legal Consulting P.A., esse cenário representa um momento estratégico para estrangeiros com formação sólida e experiência comprovada. “Estamos acompanhando um movimento acelerado de empresas que recorrem ao talento internacional não apenas por necessidade técnica, mas também como diferencial competitivo no ecossistema da IA”, afirma.
Vistos como o EB-2 National Interest Waiver (NIW) e o H-1B têm sido cada vez mais utilizados como vias legais para profissionais da tecnologia ingressarem nos EUA, principalmente aqueles que demonstram contribuição relevante para a inovação e o interesse nacional. “Profissionais que atuam em áreas como inteligência artificial, automação e robótica podem, inclusive, ter sua petição analisada com maior agilidade caso demonstrem impacto direto em setores estratégicos”, complementa o professor de direito imigratório e CEO da Bicalho Legal Consulting P.A..
Com a intensificação dos investimentos públicos e privados em IA, o governo americano também tem sinalizado políticas mais flexíveis para atrair cérebros internacionais. Um relatório do Departamento de Segurança Interna divulgado neste semestre aponta que novas instruções estão sendo preparadas para reconhecer com mais objetividade as contribuições tecnológicas de estrangeiros em processos imigratórios.
Ainda segundo Bicalho, imigrantes brasileiros devem prestar atenção às oportunidades fora do eixo tradicional de Nova York e Califórnia. Estados como Texas, Utah, Colorado e Carolina do Norte têm criado hubs tecnológicos com incentivos fiscais e aceleradoras de talentos que priorizam diversidade cultural e excelência técnica.
O futuro da IA pode, portanto, ser também o futuro de muitos imigrantes que veem nos Estados Unidos um território fértil para transformar conhecimento em prosperidade.