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Planejamento Sucessório: saiba como funciona essa estratégia de preservação patrimonial

Tempo de leitura: 4 minutos

Considerada uma importante estratégia de preservação dos bens familiares, o planejamento sucessório existe para garantir a transmissão do patrimônio entre as gerações de uma família da forma mais vantajosa possível, dentro da legalidade. Auxilia famílias a evitar encarar processos burocráticos, por exemplo, na ocorrência de um momento complicado, como a perda de um ente querido. Além disso, mitiga desgastes no relacionamento familiar com possíveis discordâncias entre herdeiros.

Por meio do planejamento sucessório, é possível organizar e planejar de forma estratégica, ainda em vida, a divisão e a perpetuação do patrimônio, reduzindo os custos que poderiam recair sobre essa riqueza se ocorresse, por exemplo, um processo de inventário.

Neste artigo, você vai entender como funciona o planejamento sucessório, quais são suas vantagens e os instrumentos que podem ser utilizados nesse contexto. Acompanhe!

Planejamento Sucessório: o que é?

O planejamento sucessório é um conjunto de instrumentos jurídicos que tem o objetivo de organizar, de forma estratégica e antecipada, a transferência de bens de uma pessoa viva para os seus herdeiros. 

De maneira geral, existem tributos significativos incidentes sobre a transmissão de bens, além de aspectos relacionados à burocracia e à demora na definição dessa divisão, o que pode acarretar em problemas diversos e até mesmo desentendimentos entre os membros da família. Assim, a proposta do planejamento sucessório é auxiliar a família, ainda em vida, a organizar sua divisão de bens e a evitar esses problemas. Esses entraves são muito comuns quando é feito, por exemplo, o inventário, processo realizado após a morte do detentor do patrimônio. 

Instrumentos utilizados para o Planejamento Sucessório

É importante ressaltar que, mesmo que não esteja presente na legislação um capítulo dedicado ao planejamento sucessório, há vários instrumentos dos direitos civil e empresarial que podem ser utilizados para planejar a transição dos bens de forma legal, ao mesmo tempo em que se pratica a elisão fiscal. 

Nesse contexto, é fundamental que se faça a escolha do melhor instrumento para planejar a sucessão, analisando com detalhes o caso e a composição familiar. Dessa maneira, será possível atender as expectativas do titular do patrimônio e daqueles que serão beneficiados. 

Veja abaixo os instrumentos possíveis de serem utilizados de acordo com sua natureza:

Planejamento Sucessório: Instrumentos de natureza contratual

  • contrato de compra e venda feito entre ascendente e descendente;
  • contrato de doação; 
  • contrato de mandato; 
  • contrato de comodato; 
  • seguro de vida; 
  • pacto antenupcial e; 
  • alteração do regime de bens.

Planejamento Sucessório: Instrumentos de natureza real

  • usufruto;
  • direito real de uso;
  • direito real de habitação.

Planejamento Sucessório: Instrumentos de natureza societária

  • constituição de sociedade holding;
  • acordo de sócios;
  • acordo de quotistas;
  • governança corporativa;
  • conselho de administração;
  • conselho de família;
  • transformação;
  • incorporação;
  • cisão e; 
  • fusão.

Planejamento Sucessório: Instrumento de natureza financeira

  • constituição de previdência privada;
  • fundos de investimentos e;
  • seguro de vida.

Planejamento Sucessório: Instrumentos de natureza sucessória

  • testamento;
  • codicilo;
  • legados;
  • testamento vital;
  • cessão de direitos hereditários e; 
  • deserdação.

Planejamento Sucessório: vantagens

Como o próprio nome já diz, o planejamento sucessório trata-se de uma oportunidade de se elaborar e se antecipar, de forma mais estratégica, a sucessão familiar, evitando desgastes que são comuns no processo de divisão dos bens em caso de falecimento.

Outras vantagens incluem a redução de custos e também a agilidade na condução do processo. Veja os detalhes desses benefícios:

Reduz os custos de inventário

A redução de custos diz respeito aos gastos ligados às contratações advocatícias, processuais e de avaliação, além de outros que com certeza surgem durante o andamento de um inventário, diferentemente do que ocorre em um planejamento sucessório. Afinal, os recursos de planejamento sucessório visam mitigar ao máximo a onerosidade da sucessão. 

Outra situação que eleva os custos é o fato de que, no processo de inventário, geralmente, envolve-se um escritório por herdeiro. Já no caso do planejamento sucessório, apenas um escritório advocatício fica responsável pelo caso.

Evita o desgaste familiar

Outra importante vantagem da escolha pelo planejamento na sucessão é evitar desgastes emocionais e embates que são comuns em um inventário. Isso porque, quando não há uma divisão prévia à morte do doador, os herdeiros tendem a se desentender no processo.

Realizando o processo com antecedência e todos estando cientes daquilo que foi acordado, as chances de ocorrerem esses desgastes são mínimas.

Reduz os custos tributários

Em um planejamento de sucessão há a possibilidade de se evitar, ao menos em partes, o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCMD, que é o principal custo tributário incidente em um inventário sem planejamento sucessório. Isso pode gerar um impacto significativo considerando a disponibilidade patrimonial líquida. 

Evita a falta de celeridade judiciária

Quando se fala em processos judiciários, a ideia de demora e espera vem logo à mente. E essa é uma das vantagens do planejamento sucessório em comparação ao processo inventário.  Ao optar pelo planejamento antecipado, é possível dar vazão à gestão dos bens, reduzindo de forma significativa o tempo de espera e da burocracia envolvida nesse contexto.

Elimina a inacessibilidade aos bens

Um aspecto bastante comum no inventário é o fato de alguns bens terem a chance de não estar disponíveis, podendo ser acessados apenas com autorização judicial. Conseguir essa permissão leva tempo devido a já citada burocracia. 

O planejamento sucessório busca, justamente, evitar despender desse tempo e garantir a agilidade no desenvolvimento patrimonial.

Holding Familiar: uma alternativa para seu Planejamento Sucessório

Considerada um instrumento de natureza societária, a Holding Familiar é uma empresa que concentra o patrimônio de uma família, com suas cotas divididas entre os familiares de acordo com uma definição prévia. É uma solução de planejamento sucessório que permite manter esse patrimônio para as próximas gerações da família de forma legal.

A Holding Familiar apresenta algumas vantagens, especialmente quando comparada ao processo de inventário:

  • realização da divisão do patrimônio ainda em vida;
  • diminuição das chances de dilapidação e desmanche desses bens;
  • redução dos custos tributários;
  • administração centralizada dos bens;
  • evita desgastes e disputas que um eventual processo de inventário poderia causar aos membros da família.

Assim, a formação de uma Holding Familiar pode ser uma alternativa interessante para os membros de uma família que desejam realizar o planejamento sucessório de forma legal e organizada, evitando problemas que outras soluções podem trazer.

Preserve o seu patrimônio por gerações

Planejar e se antecipar sobre a preservação do patrimônio é uma decisão acertada e que pode mudar a percepção, os resultados e até o convívio de uma família por várias gerações.

Para isso, é muito importante contar com o suporte de uma assessoria, que entende todos os processos de uma sucessão. A Bicalho Consultoria Legal possui um time de especialistas preparados para auxiliar em todas as frentes do Planejamento Patrimonial: sua proteção, sucessão e aspecto tributário. 

Confira todos os serviços voltados ao planejamento patrimonial. 

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